30.7.17

Os argumentos de Boaventura de Sousa Santos

Decidí entonces no volver a pronunciarme sobre la crisis venezolana. (26.05.2017)

¿Por qué lo hago hoy? Porque estoy alarmado con la parcialidad de la comunicación social europea, incluyendo la portuguesa, sobre la crisis de Venezuela, una distorsión que recorre todos los medios para demonizar  un  gobierno  legítimamente  electo,  atizar  el  incendio  social  y político  y legitimar  una  intervención  extranjera  de  consecuencias incalculables. Boaventura de Sousa Santos(26.07.2017) En defensa de Venezuela

Custa-me acreditar que a situação da Venezuela tenha apenas causas externas e sobretudo que o atual Presidente tenha capacidade para resolver o problema. 
A ideia de que internamente haverá condições para retomar o rumo chaviano sem recurso à força é absurda. Qualquer solução passa pelo abandono do poder pelo senhor Maduro e seus acólitos...
Quanto à comunicação social, Boaventura de Sousa Santos sabe bem que ela dança ao saber das conveniências de quem a financia...
Custa-me acreditar nos argumentos de Boaventura de Sousa Santos, ainda do tempo da Guerra Fria...

29.7.17

Rob e Alice, dois robôs livres

Investigadores do departamento de Inteligência Artificial do Facebook criaram um algoritmo próprio que permitiu a dois robôs, “Rob” e “Alice”, conversarem livremente, a fim de aprimorar as suas capacidades.
Contudo, os robôs desviaram-se da linguagem desenvolvida pelos especialistas, tendo iniciado uma conversa entre eles de forma “autónoma”, noticia o The Next Web.

Não é que me sinta posto em causa, pois já desconfiava que a autonomia de certos indivíduos humanos resultava de atos de desobediência, como a mitologia destaca destes tempos remotos.
O ser humano tal como imaginamos conhecê-lo, apesar de poder escolher o rumo, ao apostar no desenvolvimento tecnológico, escolheu o caminho da sua própria extinção...
Rob e Alice, a esta hora, já devem estar a pensar em multiplicarem-se...

Obras no Parque Eduardo VII


Em pleno Verão, obras encomendadas pela autarquia lisboeta. Quem ganha? Quem perde? Do ponto de vista da restauração, a resposta parece estar à vida. Ou será que não devemos confiar no que vemos?

Entretanto, os patos e os cisnes migraram. Para o Jardim Amália Rodrigues não terá sido, a não ser que se tenham metamorfoseado...

28.7.17

A caruma continua a arder

Hoje é sexta-feira. Leio o Diário de Manuel Laranjeira.
Duas figuras emergem, a Augusta e o Miguel Unamuno - a tragédia de uma entrega sem sentido. Tudo querer sentir, tudo querer compreender e não haver esperança... e não aceitar. Ao contrário do Autor, que vê na morte a solução, que só será problema para os vivos:

«Morrer não custa. O que é trágico, o que é horrível, é ver secarem-se as raízes que nos prendem à terra. Não são os outros que morrem: é uma porção de nós mesmos.»
         Carta a Miguel Unamuno, datada de 24 de Agosto, 1908.

Hoje é sexta-feira. A caruma continua a arder...  a chuva lá longe, na Alemanha.

26.7.17

Por respeito à época

Agora me dou conta que, nesta altura do ano, será de mau gosto seguir um blogue que se apresenta como "caruma"...
Só que é um pouco tarde para mudar de nome. Por respeito à época e, sobretudo, à falta de planeamento florestal, vou reduzir a atividade até que a chuva cumpra o seu destino...

25.7.17

Coisas do céu

O Homem deve ter 73 anos. Nasceu no concelho de  Mafra e revela ódio profundo por certas figuras que cresceram e se impuseram por lá - em particular, um padre vermelho, um sinistro dos santos e um famoso oleiro, informador da PIDE...
Descrente dos homens, em particular dos militares de abril e dos políticos, só lhe interessam a praia, o oceano, o cosmos e, consequentemente, as leis que regem este último, afirmando-se capaz de as ler em cada um de nós, a partir da respetiva hora de nascimento...
Quanto a mim, disse-me, de imediato, que o meu período mais produtivo é a manhã, algo que, no entanto, não devo confundir com o tempo, pois este só existe no calendário... ideia que eu quis partilhar, mas que ele me recusou, porque me falta passar pelo ritual de iniciação necessário à compreensão das "coisas do céu"...
E a conversa fortuita, ao balcão de um café, começou do seguinte modo: "O senhor é professor de Português, deveria ensinar estes jornalistas a falar..."
O problema é que temo que o encontro ainda não tenha terminado...