7.7.16

Que Fernando Santos retire o pé do travão...

Primeiro, a cruz, depois, o padrão.
Primeiro, o rei, depois, o cidadão.
Primeiro, a fé, depois, a liberdade.

Agora que Portugal se apurou para a final do campeonato da Europa de futebol, e "as finais são para ganhar", esperemos que o engenheiro retire o pé do travão e liberte os jogadores das vírgulas...

de pouco serve a cruz
se já não há rei
nem padrão
(...)
que o cidadão finte e remate
até que o bloco europeu derreta

6.7.16

Um povo que, para ser, precisa de crer!

Primeiro, a cruz, depois, o padrão
Primeiro, o rei, depois, o cidadão
Primeiro, a fé, depois, a liberdade

Um povo que, para ser, precisa de crer!

Só um povo maltratado pode acreditar tanto no jogo
E não importa quem perde, perdemos todos!
E não importa quem ganhe, ganhamos todos!

Um povo que, para ter, precisa que alguém vença por ele...

5.7.16

O cabo de esquadra e as novas competências

Não basta ser político para se ser competente, já dizia o cabo de esquadra do Estado Novo. Segundo ele, a competência era apanágio daqueles que se julgavam eleitos por Deus.
Só os eleitos sabiam definir o rumo; aos restantes, decidida a missão, mais não restava do que cumpri-la. Se necessário, com a própria vida...
O cabo de esquadra não sabia o que era o messianismo - na expressão nacionalista, o sebastianismo -, mas sabia identificar o Eleito, e como tal, agia sempre em seu nome, o que significava, para ele, cumprir a vontade do Senhor... 
Agora que os políticos se preparam para rever as competências necessárias a um jovem obrigado a cumprir a escolaridade obrigatória, há uma questão que me atormenta: necessárias para quê?

Entretanto, o cabo de esquadra já me começou a soprar ao ouvido que não devo atormentar-me, pois os desígnios do Senhor são insondáveis. Basta que eu dê atenção ao Eleito para orientar tal missão: Guilherme de Oliveira Martins - católico, praticante; socialista, quanto baste; paladino da interculturalidade; educador realista; zeloso defensor das finanças públicas e privadas; servidor abnegado de fundações... e sobretudo, capaz de navegar em todos os contextos políticos. Competência não lhe falta!

4.7.16

Sorte, a de Miguel Torga, não teve de comparecer!

O antigo primeiro-ministro José Sócrates está presente na inauguração do Espaço Torga, em São Martinho de Anta, Sabrosa, projecto que impulsionou enquanto chefe de Governo (2005-2011).

Sorte, a de Miguel Torga, não teve de comparecer!
Homem, genuinamente socialista, nunca foi complacente com o poder, nem quando este o perseguia, nem quando as afinidades políticas poderiam explicar alguma conivência. Soube sempre afastar-se dos interesses e, sobretudo, recusou favores, mesmo que tal significasse um progressivo ostracismo.
Profundo conhecedor do povo, defensor de uma identidade portuguesa e ibérica, austera e honrada, Torga, se fosse vivo, dificilmente ficaria em silêncio na presença de tão ilustres governantes. 

3.7.16

Do lado de lá do anonimato

Como é que se pode considerar interessante uma história sem enredo, sem definição das circunstâncias?
Não basta partir do pressuposto de que o leitor se interessa pela referência para que a história ganhe consistência.
Por aquilo que vou observando, a história acontece quando se espera agitadamente por um olhar, uma atenção, um autógrafo do ídolo de momento, para que os possamos partilhar numa rede social.
Afinal, a história acontece quando, momentaneamente, passamos a ser vistos do lado de lá do nosso anonimato.
Na verdade, o que custa é não existir aos olhos dos outros. Pelo menos, assim parece! 

2.7.16

O interessante nesta história...

Os peixinhos da Quinta das Conchas estão demasiado inchados. Não creio que estejamos na presença de nenhuma variedade de peixe-balão, o que, de si, também seria preocupante. Portanto, os pobrezinhos devem estar a engolir demasiadas bactérias, não tendo forma de se defender...

Felizmente, o nosso presidente Marcelo ainda dispõe de livre-arbítrio, tendo sabido desfazer-se do Mercedes de 129.000 € que o ex-presidente Cavaco lhe ofertou. Para quem prezava a austeridade, é obra!
O interessante nesta história é que o peixinho foi parar às mãos do primeiro Costa que não encontrou forma de se livrar da bactéria... talvez, porque, a seu tempo, não tenha cuidado devidamente dos lagos da Quinta das Conchas...
(A realidade deve ser muito diferente, mas aqui fica a minha interpretação, esperando que ela esteja errada...)

1.7.16

Reações

Pedir para explicar uma reação pode tornar-se um bico-de-obra. Há situações em que a reação não tem explicação possível.
Ainda se alguém  pedisse para indicar os sinais dessa reação.... Por exemplo, a ex-ministra das Finanças insiste em reagir à política económica e financeira do atual governo... O melhor seria estar calada, mas não, ela prefere falar sem dizer nada, e fá-lo num tom birrento e infantil de criancinha mimada...
A menina bem poderia aprender com o Cristiano Ronaldo que não reage ao falhanço no Portugal-Polónia, pois, no íntimo, nem ele próprio compreende por que motivo o automatismo falhou...
Um outro mau exemplo é o do João Soares que insiste em reagir, no caso, à condenação do Macário Correia -  pretensa vítima das patranhas da Justiça...