7.5.18

Preferimos a 'vidinha'...

Para além do que vemos, que me abstenho de descrever para vos evitar a maçada, há sempre a possibilidade de criar uma história. De imaginar alguém que queira ir mais além, de situar, de preferência, essa enigmática personagem no tempo e no espaço, atribuindo-lhe um sonho, uma ambição, um interesse, uma inutilidade...
Mas como fazê-lo sem memória?
Por estes dias, venho insistindo nesse imenso reservatório de acontecimentos, de sentimentos, de sensações, de leituras não, apenas, como constituinte de identidade pessoal e coletiva mas, sobretudo, como alavanca essencial à resolução de problemas... 
Venho insistindo na articulação dessas memórias como a lava vulcânica essencial à criação de novas oportunidades, mesmo que, inicialmente, o vulcão se revele ameaçador...
A insistência é, no entanto, inútil, porque preferimos a 'vidinha', preferimos ficar à porta a fingir que a abelha é uma ameaça intransponível...

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