28.7.17

A caruma continua a arder

Hoje é sexta-feira. Leio o Diário de Manuel Laranjeira.
Duas figuras emergem, a Augusta e o Miguel Unamuno - a tragédia de uma entrega sem sentido. Tudo querer sentir, tudo querer compreender e não haver esperança... e não aceitar. Ao contrário do Autor, que vê na morte a solução, que só será problema para os vivos:

«Morrer não custa. O que é trágico, o que é horrível, é ver secarem-se as raízes que nos prendem à terra. Não são os outros que morrem: é uma porção de nós mesmos.»
         Carta a Miguel Unamuno, datada de 24 de Agosto, 1908.

Hoje é sexta-feira. A caruma continua a arder...  a chuva lá longe, na Alemanha.

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