1.12.16

Tempo medíocre

O episódio, em Cabo Ruivo, não terá qualquer significado, mas é revelador do modo como os CTT gerem o atendimento. Às 22:48, havia 68 pessoas em espera. Postos de atendimento:3. Funcionários, atenciosos,  sem mãos a medir.
Utentes, pacientes, na sua maioria. Havia, no entanto, a oportunista decadente, que levava a mãezinha de 90 anos, para poder passar à frente. Havia, também, o psicótico incapaz de compreender que se o sistema informático das Finanças falha, os CTT não lhe podem validar a operação que ele poderia ter resolvido no escritório ou em casa (...)
Despacho concluído às 0:08 horas do dia 1 de dezembro, data de restauração sem objeto...
Hoje, o país entrou em modo de pausa... e assim vai continuar até à próxima 2ª feira. E depois, no dia 8, o país voltará a descansar, que bem merece...
Lá fora, a chuva, a espaços...
Em Chelas, noite, apenas. Do metro saíam vultos, apressados, bamboleantes, de olhos mortiços...
(...)
E eu sem tempo para saudar as novas crónicas de António Souto - Dupla Expressão -, ed. debatevolution, apresentadas por António Manuel Venda, na Biblioteca da Escola Secundária de Camões.
Crónicas de um tempo medíocre em que o cronista vai entrelaçando episódios irrelevantes, procurando-lhes a intemporalidade em que repousam. E esse pousio é que é a causa do desencanto de que nos falaram os Antónios...

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