28.8.16

O emplastro

Perdi-lhe o nome, mas, sempre que ele invade o ecrã, fico sem saber o que fazer - ouvi-lo pela enésima vez; se mudo de canal, temo que o emplastro tenha decidido abdicar do seu papel de "Velho do Restelo", e eu perca o acontecimento.
O problema é de que nada serve mudar de canal, pois o emplastro vive neles como o Velho nas páginas d' Os Lusíadas. E condena-nos à morte, inevitavelmente. 
O emplastro lembra-me o Presidente do Conselho, Oliveira Salazar, que insistia no argumento de que "a razão" estava do seu lado e que o tempo se encarregaria de o mostrar.
O emplastro parece ser um legitimista que nunca percebeu que quem provocou a mudança foi ele próprio.  

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