18.7.16

A purga turca do ditador Erdogan

No imediato, a purga turca não fica a dever quase em nada às grandes purgas levadas a cabo durante e depois da Revolução francesa...
A purga turca só não é completa, pois o Parlamento aboliu a pena de morte, a 3 de Agosto de 2002, salvando da execução capital o líder do Partido dos Trabalhadores do Kurdistão (PKK), Abdullah Öcalan, condenado à morte e detido numa prisão do Mar de Marmara.
Agora, o ditador Erdogan espera repor a pena de morte, porque esta lhe permitirá purgar os partidos políticos, a magistratura, as forças armadas, as polícias e a função pública e, sobretudo, eliminar as minorias, decapitando os seus líderes, a começar por Abdullah Öcalan... 
E fá-lo em nome da Democracia e de Deus!
Convém, entretanto, não esquecer que a abolição da pena morte era uma velha exigência da União Europeia, sem a qual a adesão da Turquia à Comunidade seria impossível. 
O sonho turco voltou à estaca zero, mas a Turquia dispõe atualmente de uma nova arma de arremesso: 3 milhões de refugiados...

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