3.6.16

Só há dois paradigmas!

(Provavelmente, isto não tem qualquer interesse!
Isto é o quê? Qual é o referente?)

- A morte. Ela condiciona tudo! Não tanto ela, mas a conceção que dela temos: determina o modo como vivemos, a interpretação que fazemos da arte...
No essencial, só há dois paradigmas: o trágico e o religioso (dramático).

Perante alguém que confessava que, com a passagem do tempo, lhe parecia que desaprendia de ler, eu quis explicar-lhe que ler é descobrir a morte da vida, isto é, responder à pergunta: Será a morte o fim ou um tempo de passagem?
A arte, até hoje, ainda mais não fez do que posicionar-se: do classicismo greco-romano a todas as suas renovações; do cristianismo a todas as restantes religiões... A arte, por vezes, procura apresentar-se como alternativa, mas acaba por ser, sobretudo, a expressão de uma sucessão de dúvidas, incapaz de afrontar o enigma que resume a condição humana...
O meu interlocutor deixou de ouvir-me, porque acha a questão inútil. Lá no íntimo, prefere não se interrogar sobre a finalidade da sua própria vida... e depois queixa-se do texto.

Sem comentários:

Enviar um comentário