28.5.16

O refeitório Jesuíta

A entrada no museu diocesano de Santarém é cara - 4 euros. No entanto, paguei a renda disposto a saber o que é que fora feito do espaço em que vivi durante quase seis anos. Restauradas a fachada e a igreja, fui surpreendido pelo recheio - arte sacra - e, sobretudo, porque pude voltar a entrar no refeitório. 
Está como o conheci, mas sem padres nem seminaristas... No seu lugar, o relicário de São Gil, cercado de painéis e de candeeiros de iluminação... 
Saí de lá com uma emoção inesperada, a relembrar a sopa de abóbora, as travessas de carapaus fritos, os medalhões de carne e, sobretudo, um arroz divino. E claro que na mesa dos padres e dos prefeitos, havia tal aprumo que, por mais burgessos que fôssemos, alguma coisa haveríamos de aprender...
Neste regresso ao passado, acabei por saber que o enfermeiro Domingos, no meu tempo (1965 - 1970), já foi fazer companhia aos três bispos de outras conversas. Na verdade, deveria referir quatro, pois descobri que o primeiro bispo diocesano se encontra sepultado na igreja do Seminário, embora um pouco distante do meu altar preferido.



Finalmente, fui informado que o meu padrinho de crisma, padre Fernando Campos, ainda faz os seus passeios, apesar de já não celebrar missa... Isto de ter um padrinho que não vejo desde 1970 é estranho, sobretudo porque ele é o principal responsável pelo estado de meditação em que vivo - homem de pouca ou nenhuma fé!

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