4.4.16

Olho vê, mão pilha

«Mas os ‘Panama Papers’ batem o recorde em volume de dados, sendo a maior fuga de informação sobre offshores de que há registo: envolvem mais de 214 mil companhias. Os ficheiros incluem emails, fotografias, ‘powerpoints’ e partes da base de dados da Mossack Fonseca, a sociedade de advogados panamiana que está na origem da informação aparentemente mais relevante, num período entre a década de 1970 e 2016.» Imprensa, 4 de abril 2016 

Como escreveu Saramago em Memorial do Convento, «mas isto, confessemo-lo sem vergonha, é uma terra de ladrões, olho vê, mão pilha...» Só que Saramago, na circunstância, referia-se à arte de furtar portuguesa. Afinal, o furto é global, e como o polvo, sabe esconder-se nos lugares mais improváveis. No caso, no Panamá.
Paga-se o trabalho miseravelmente, corta-se nas pensões, condenam-se empresas à falência, colocam-se os povos no pelourinho, e para quê? Para que os abutres vivam à grande pelo menos desde os anos 70!

Sem comentários:

Enviar um comentário