14.3.16

Sou eu que gosto e mais ninguém!

O gosto será determinado pela vontade? Do tipo 'eu não quero gostar de sopa e portanto não gosto de sopa'.
A decisão parece resultar de embirração!
Se os adultos não comem sopa, por que motivo dão sopa à criança... E mesmo que os adultos comam sopa, a vontade de afirmar a diferença, não vá o exemplo coartar-lhe a liberdade, obriga à rejeição sob a forma de choro, grito ou simplesmente de boca cerrada...
(...)
Os dias passam e o gosto vai ficando cada vez mais apurado: eu quero, eu não quero; quero, não quero; não... já disse que não!
Por outro lado, o gosto não exige aprendizagem, não requer conhecimento do outro, nem do contexto em que ele nasceu, cresceu e morreu...
Sou eu que gosto e mais ninguém!
(...)
O gosto foge de qualquer forma de desgosto... e se não for suficientemente convincente, parte para a demolição de todo e qualquer património, porque nada pior para o gosto do que admitir que outro possa ter realizado qualquer coisa digna de admiração...
Sou que gosto e mais ninguém!

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