«Isto é que fim, que princípio, que fim de que viagem, que crónica?» Mário Cláudio, A Memória do Rito.
Só porque existo
há princípio e fim
a dor da viagem acentua-se com a impressão de que o cais irá ficar deserto de mim
o cais existe sem pensar que possa haver princípio e fim
nem a ilha que o acolhe lhe desperta atenção
as flores são de pedra
azuis, as águas e as aves
Só porque existo
o cais as flores as águas as aves ganham cor, e parece que têm princípio e fim.
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