18.5.15

Como é que nos deixamos enganar?

Como diria o Vicente (Felizmente, Há Luar!, de Luís Sttau Monteiro): «É simples: digo-lhes metade da verdade. Sonham com o Gomes Freire? Lembro-lhes que o Gomes Freire é general e falo-lhes da guerra. Haverá alguém que se não lembre da guerra? A vida tem sido uma guerra atrás de outra... Odeiam os Franceses e os Ingleses? Chamo estrangeirado ao Gomes Freire... // O que não lhe digo é que se ele não fosse estrangeirado era... era como os outros... era mais um senhor do Rossio...»

Olho as capas dos jornais, hoje, vermelhas, amanhã azuis ou verdes, tanto faz, e parece que o país entrou em delírio: um clube bicampeão, super juiz caça mil milhões, a Irina traída dezenas de vezes, professores contra a entrega de escolas às câmaras, o governo quer saber se a Azul cumpre regras, BASTA de Almada, digo, de Costa, o do PS, Fátima dá alento ao povo português, líder skinhead pensa em novo partido político...

E ainda há aquela notícia de que o presidente do conselho científico do IAVE critica o Crato. Acordou agora! Quantos meses faltam para as legislativas?
Apesar de tudo, o Vicente tinha mais carácter do que esta súcia que nos informa, do que esta súcia que nos avalia, do que esta súcia que nos governa... 

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