24.8.14

Os Memoráveis: há um limite para tudo...

«Há um limite para tudo, até para a memória. Sobretudo para a memória. Além de que todos seremos esquecidos.»
Esta asserção, atribuída à personagem Miguel Ângelo, encontra-se na página 104 do romance Os Memoráveis de Lídia Jorge.
Talvez seja essa a razão que levou a autora a escrever esta obra. Lídia Jorge procura, assim, combater o esquecimento e, sobretudo, a falta de informação das novas gerações. 
Temos, deste modo, aqueles que esquecem por conveniência, por excesso de atualidade ou, simplesmente, por decadência mental; e aqueles que não chegam a tomar conhecimento, porque, aos primeiros, não interessa que o passado recente se constitua semente do presente e do futuro.
Os primeiros, os que agem por conveniência, são todos aqueles que, conquistado o poder, temem que a memória da esperança e da alegria revele a sua verdadeira natureza...
Estou em crer que o romance Os Memoráveis bem poderia fazer parte do corpus de leituras recomendadas no Ensino Secundário.

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