12.12.13

Distorção e extorsão

A ordem dos termos não será aleatória!
Confesso que me choca que a classe política não dê conta de como a realidade económica e social do país é permanentemente distorcida. Os governantes parecem viver numa redoma, imunes à permanente manipulação da verdadeira situação financeira. Multimilionários afirmam que o  «país está teso». Na verdade os cofres do Estado podem estar vazios, mas os bolsos deles estão cheios! 
A distorção, alimentada por fundações, grandes empregadores, órgãos de propaganda de interesses empresariais,  políticos internos e externos, lança diariamente o anátema sobre os funcionários do Estado e sobre os pensionistas e reformados, reduzindo-lhes a capacidade de cumprir os compromissos que, ao longo da vida, foram assumindo...
Ao lado, milhões continuam as suas vidinhas como se nada estivesse a acontecer - banqueiros, fidalgotes, clérigos, empreendedores dúbios, especuladores e apostadores, usurários, desempregados, herdeiros, proxenetas, euro-burocratas, mercenários de toda a espécie...
São milhares de milhões de euros que se escondem e se mostram sem que o Estado se preocupe com a sua origem e com o seu destino!
Perante o desleixo, a impostura e a interesseira distorção, o Governo, através do Orçamento, lança da mão da EXTORSÃO contra os do costume: funcionários públicos, pensionistas, reformados e mais carenciados...
Como se sabe, o argumento é pobre porque falta a coragem ( não faltam os cientistas políticos, os sociólogos, os economistas, os gestores, os comentadores e os comendadores!) de avaliar a distribuição da riqueza, começando por distinguir o necessário do desnecessário, o razoável do desmesurado, o produtivo do supérfluo...

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