6.8.13

Vivamos alegremente!

« A ação transporta-se para uma corte imperial da Idade Média. (...) O general queixa-se das tropas e dos oficiais que reclamam  os soldos em atraso, e ameaçam a tranquilidade do país. O tesoureiro responde-lhe que os cofres estão vazios, que cada qual vive para si, e que a riqueza do império foi devorada pelas guerras e pelas divisões dos partidos políticos. (...) No entanto o astrólogo fez observar que o Carnaval estava próximo, e que convinha passá-lo com alegria. Bastava ter fé no futuro e fazer uma última exibição de luxo e abundância pública.» Goethe, Fausto, Fausto na Corte do Imperador.
 
Por maior que seja a tragédia, há situações e comportamentos que se repetem: o presidente da república, o primeiro ministro, os deputados, os banqueiros, os tribunais, todos de férias! Simultaneamente, os mefistófeles engendram as extorsões que irão impor ao país...
 
« A partir de quarta-feira de Cinzas... - decretou o imperador - começaremos o nosso trabalho! Até lá vivamos alegremente!» Goethe, op.cit.
  

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