17.5.13

Golpes baixos

  1. Para o CDS «a greve dos professores é um golpe baixo». E eu estou de acordo, pois o PP já percebeu que a sua defesa intransigente dos aposentados e pensionistas está a ser posta em causa. Assim, não irá ser possível sacrificar uns milhares de professores  para assegurar uns milhões de votos.
  2. De qualquer modo, em matéria de «golpes baixos», o CDS não está sozinho. Sempre que o vento sopra de feição, os sindicatos não descansam enquanto não deitam o porta-aviões ao fundo. A decisão de fazer greve começou por não ser abrangente: há sindicatos que ainda vão pensar, isto é, vão escutar os diretórios políticos. Outros, que ainda vivem no tempo da fava rica, analisada a situação, resolveram marcar não um dia de greve aos exames nacionais, mas 4 ou cinco, para além de uma manifestação. Não há fome que não dê em fartura!
  3. Olhando a estratégia, não se percebe a qualidade do raciocínio sindical. Os sindicatos deveriam saber que, sem afixação das classificações do 3º período, não poderá haver exames no dia 17 de Junho. Deste modo, não faz qualquer sentido convocar uma greve para as avaliações e uma outra para o primeiro dia de exames. Basta olhar para o calendário! Esta estratégia acaba por ser contra os professores que, mal remunerados e sobrecarregados com trabalho, acabarão por se alhear da defesa da escola pública.
  4. E claro, nesta situação, já começam a levantar-se as vozes contra os professores: os madraços não querem saber dos alunos, as verdadeiras vítimas...
  5. É tudo tão primário e previsível neste país!

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