27.3.12

A “estátua sensível” de Condillac…



«Que na consciência da estátua haja um único cheiro e teremos a atenção; que perdure um cheiro quando cessou o estímulo e teremos a memória; que uma impressão atual e outra do passado ocupem a atenção da estátua e teremos a comparação; que a estátua perceba analogias e diferenças e teremos o juízo; que a comparação e o juízo ocorram de novo e teremos a reflexão; que uma recordação agradável seja mais viva do que uma impressão desagradável e teremos a imaginação.» Jorge Luis Borges, Dois Animais Metafísicos, O Livro dos Seres Imaginários.

A rainha que trocou o pão (as moedas) por rosas já antes de ser estátua era sensível! E a ideia da troca só pode ter surgido porque já experimentara o desagrado do seu senhor, o que me leva a concluir que uma dor também pode desencadear a imaginação de um povo…

/MCG

Sem comentários:

Enviar um comentário