5.11.11

Ricos pilhos!

«Senão o lobo, a raposa, o pilho de dois pés zarpavam com a mamata.» Aquilino Ribeiro, Quando os Lobos Uivam.

Já não sei se matamos a língua (e a literatura) para ocultar a  mamata ou se é ao contrário: a fraude impõe a morte da língua.

Termos como comezaima, comilagem, conezia, cunha, expediente, furto, ladroagem, mama, marosca, negociata, nicho, pitança,  prebenda, propina, roubo, sinecura, tacho, teta, tráfico, tribuneca, veniaga são o grito abafado de um povo esbulhado da sua própria voz.

E esse povo, ao perder a língua, morre de vez asfixiado pelos pilhos de dois pés! 

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