13.9.09

A decadência da Ibéria

Enquanto a mentalidade nacionalista se sobrepuser ao factor demográfico, dificilmente sairemos da periferia económica, social e cultural para que nos empurramos, muito por efeito do inquisidor que há séculos reside em nós.

A classe política portuguesa ainda não percebeu o que significa fazer parte dos grandes espaços, seja o da união europeia ou o da lusofonia. Com o 25 de Abril de 1974, regressou às fronteiras de 1415 e por aí continua. Pensa pouco e pequeno. Continua a ver o espanhol como manhoso e inimigo.

Ferreira Leite corporiza este Portugal envergonhado, lembrando a Maria da Fonte perante as tropelias higienizantes e fiscalistas do Costa Cabral, ao querer impor um “estado”, a um país dominado por “juntas”.

Sócrates percebe que o futuro pode ser diferente, acredita no futuro, sabe, em parte, o que é necessário fazer. Falta-lhe, no entanto, a coragem para ser quem, de facto, é. Falta-lhe a coragem para confessar os seus pecados (que parecem ser grandes e nada abonatórios!). E, sobretudo, Sócrates ainda não percebeu que os portugueses são magnânimos para quem pede perdão…

Sem comentários:

Enviar um comentário