24.4.07

Escondem-se os espelhos...

«A veces en las tardes una cara nos mira desde el fondo de un espejo; el arte debe ser como ese espejo que nos revela nuestra propia cara Jorge Luis Borges, Arte Poética
Em Abril de 2007, escondem-se os espelhos, pois tememos que eles mostrem que, desde o início, fizemos batota. Uns receavam cada vez mais o campo de batalha e por isso rebelaram-se em nome do direito à liberdade dos povos oprimidos.
Outros (quando não os mesmos) aproveitaram a fuga dos títeres para lhes usurpar o lugar. Multiplicaram-se pelas cadeiras do poder e estão aí, repimpados, fugindo as caveiras que irrompem do fundo dos espelhos.
Nem uns nem outros percebem que temos os dias contados.

1 comentário:

  1. Variação I

    Detrás de cada espejo
    hay una estrella muerta
    y un arco iris ninõ
    que duerme
    García Lorca

    Toda a fantasia é de azul
    aos olhos de uma criança. a ou-
    tra cor do cristal

    Por que nos trasladamos.

    António Souto
    in Arcanas Carícias

    Depois de abril, todos os arco-íris se tornaram lugar de utopia, para o bem e para o mal...

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