20.9.06

Não há consciência sem causas...

A Amnistia Internacional decidiu no dia 18 de Setembro atribuir a Nelson Mandela o prémio «embaixador da consciência» para o ano de 2006 .
O modo como Mandela conduziu a sua vida desde que saiu da prisão em Fevereiro de 1990 tornou-o no símbolo do que deve ser um verdadeiro cidadão do mundo. O valor do serviço prestado à causa da liberdade e da justiça na África do Sul ( e por arrastamento na África austral) é incalculável.
Apesar do reconhecimento internacional, a vitória sobre o 'apartheid' não significou para Mandela o fim da sua acção, pois a consciência de que a desigualdade é multiface levou-o a empenhar-se numa outra "causa" - o síndrome de imuno-deficiência adquirida (SIDA) deve ser encarado como uma questão de direitos humanos. É esse, hoje, o seu maior combate.
( Se aqui me refiro a Nelson Mandela é porque ele é o exemplo de que não há consciência sem causas.)
Ora, nas nossas escolas, há cada vez mais jovens indiferentes ao que os rodeia, sem vontade de procurar um rumo... estão ali, sentados como prisioneiros desalinhados, esperando que os carcereiros os ignorem. E mesmo que a porta se abra, não indiciam qualquer tentativa de fuga. Parece que se sentem bem na caverna, na masmorra.
E porquê? Porque já nascemos sem causas...

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