21.5.06

Alcácer do Sal, em Maio...


Bucólica localidade, onde múltiplos pequenos pássaros saltitam e chilreiam agradavelmente. As cegonhas brancas estão presentes um pouco por toda a parte e, nesta fase do ano, já terão começado a alimentar os juvenis, o que explica que, quando nos aproximamos, elas emitam um estranho e seco som de alerta...
Esta vida campestre, onde, hoje, ecoam os badalos dos rebanhos, é cingida por um extenso mosaico de águas rasteiras, que esperam o cultivo da oriza sativa (variedade de arroz oriundo da Ásia)... ou, em alternativa, a salinação.
A cidade de Alcácer, um pouco esquecida do passado, tranformou a fortaleza numa pousada e, presentemente, expande-se para a Nova Alcácer num estilo novo-rico, descurando a possibilidade de se transformar numa extraordinário miradouro sobre o Sado.
Apesar disso, há nela uma nítida preocupação com os equipamentos sociais, mas tudo num ordenamento bem desordenado.
No entanto, vale a pena visitar a bela igreja de Santiago, rica em azulejos com motivos locais, e algumas das capelas laterais ricamente decoradas. Este edifício foi inaugurado em 1746, no reinado do magnânimo D. João V. E também por aqui há um Convento de S. Francisco!
Em Maio, ficamos com a sensação de que a qualquer momento tudo pode mudar ... tal como na Carrasqueira, a cerca de 20 km de Alcácer do Sal. Fica a sensação de que nesta altura do ano, ainda tudo está por acontecer... embora este fim-de-semana tenha sido bem agradável no renovado parque de campismo... sem residentes e procurado, sobretudo, por ingleses e holandeses. Quem diria?

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