30.9.16

A Banca e o Fisco de mãos dadas?

FISCO: parte da administração pública encarregada da definição e cobrança de taxas e impostos.

Só uma mente tresloucada pode imaginar um país governado pela Banca e pelo Fisco.
Quanto aos banqueiros já sabemos do que são capazes...
E quem é que assegura a idoneidade da parte da administração pública encarregada da cobrança?

Por outro lado, este aperto de mão quer afastar a Justiça, porque, apesar da lentidão, ela incomoda políticos e banqueiros e poderia começar a cercar os zelosos cobradores de impostos.


E alguém fica a perder!

Não sei se os olhos nos pregam partidas, embora acredite que sim. Entre saber e acreditar há, no entanto, um espaço enorme que a muitos não causa qualquer perturbação, de tal modo que lhes basta crer...
A situação agrava-se, quando sem ver e só por ouvir, fazemos fé no que ouvimos dizer, de tal modo que nos pomos de acordo ou, pelo contrário, divergimos...
O que ouvimos sobre os outros deveria deixar-nos sempre de pé atrás. Afinal, não estivemos lá para confirmar...
E, raramente, estamos. Por vezes, passamos, mas sempre longe... o que vemos mais não é do que uma incidência que utilizamos demasiadamente como prova do que achamos mais conveniente... E alguém fica a perder!

29.9.16

Linear...

Alguém lhe chamou "parque linear ribeirinho" no estuário do Tejo. É atravessado por um trilho que conduz a Fátima ou, para os mais ousados, a Santiago de Compostela...
Às 15 horas, não encontro peregrinos; apenas dois pescadores perscrutam as águas turvas, aparentemente sem sucesso... Num banco de jardim, um homem de meia idade espreguiça-se ao sol. No bar "guarda-rios", um jovem termina a navegação no smartphone, antes de frustrar o cliente de ocasião - afinal, acabaram-se os gelados! Só café, a 80 cêntimos, e sumo de laranja, a 2 euros!
Entro no trilho, levantam-se as libelinhas, azuis, e as águas inclinam-se para Fátima, embora por lá não passem. E no meio do canal (sapal), linear, o que sobre de outra navegação, ainda azul... turquesa, talvez propriedade de uma antiga princesa. 

Palavra da hora que passa

Incongruente: que contém ou apresenta contradições; que se opõe aos padrões e/ou a regras preestabelecidas; sem lógica; contraditório, desconexo ou incoerente.

Se os dias não existem, poderão as horas contar? Não sei, porém elas alongam-se à medida que a incongruência cresce...
Do que tenho observado, perante comportamentos desregulados, pouco podemos fazer. Nem sequer nos é permitido surfar a crista da onda... é vê-la crescer e esperar que ela desfaleça...
Ao contrário dos dias, as horas de incongruência incham a um ponto que nem a rã da fábula alguma vez experimentou.

27.9.16

A mentira

O que interessa é o ouro, o brilho, o corte de cabelo,  o brinco, o piercing, a tatuagem,  a marca, o bronze, a nudez, o milhão ... e mentiras, muitas!
A mentira está de regresso, não porque se tenha voltado a mentir, mas porque a inverdade já não convence.
Agora, a torto e a direito, a mentira marca o discurso do político, do comentador, do sociólogo, do juiz, do presidente da agremiação ... já não é a criança que mente até porque ela deixou de recear que a mergulhem na casa das cobras...
A mentira é atualmente a arma dos covardes... a arma dos falsários...a arma dos vendidos... a arma dos néscios.

26.9.16

Alberto Gonçalves pensa que é bonecreiro

«Ao longo da sua curiosa carreira, o dr. Louçã contou sempre com uma plateia de bonequinhos amestrados que levam a sério os incontáveis disparates que regularmente profere. Se a criatura se alivia de uma mentira pequenina, os bonequinhos acreditam. Se a mentira é grande, os bonequinhos acreditam também.» Alberto Gonçalves (Sociólogo), Mais depressa se apanha o dr. Louçã do que um coxo, DN, 25 de setembro de 2016

Os sublinhados são meus! E revelam o desprezo que o senhor Alberto Gonçalves sente pela esquerda portuguesa.
Não sabia que o excremento já se tornara matéria da Sociologia, mas pelo que vou ouvindo vende bem.
(Deste comentário não se pode inferir que eu concorde com o Doutor Louça ou com certas ideias do Bloco de Esquerda.)


25.9.16

Nahed Hattar assassinado

Enquanto o possidónio José António Saraiva alimenta a crónica mundana nos jornais, nas revistas, nos canais de televisão e nas redes sociais, acolitado pelo Passos Coelho, na Jordânia, em Amã, o escritor NAHED HATTAR é assassinado em frente do tribunal em que estava a ser julgado por delito de opinião contra o ISLÃO.
Infelizmente, há cada vez mais quem não queira esperar pela decisão dos tribunais, o que, na Jordânia - país em que 90% da população é sunita -, abona a favor da justiça jordana.
Por cá é o que se vê: a literatura latrinária consegue elevar um autor sem escrúpulos a notícia nacional.