8.9.16

Amnésia seletiva

Há coisas que é melhor esquecer. Ontem foi um desses dias supinamente preenchido, mas que me deixaram de rastos... Como não sei se virei a recuperar, decidi que doravante passarei a sofrer de amnésia seletiva...
Bem sei que este tipo de amnésia é traumático, porém não me importo. Prefiro que o trauma acabe em recalcamento...
Lúcido, aqui, declaro que não suporto curandeiros de qualquer espécie, mesmo que se trate de psicólogos, psiquiatras e psicanalistas...

6.9.16

Só o que vejo...

Praia das Adegas
Este lugar está reservado a nudistas, e alguém se lembrou de o designar de "Praia das Adegas"... Não vejo a relação, embora, hoje, seja mais fácil andar nu do que coberto. Será efeito do vinho?
(...)
Se há quem prefira os vegetais, por que motivo as plantas não hão de ser carnívoras?
(...)
Enfim, hoje estou a seguir a lição de Stendhal:
 « - Ne croyez rien,  mon ami, que ce que vous aurez vu, et vous en serez plus sage
        Lucien Leuwen

Só o que vejo me conforta... os meus ouvidos já naufragaram...
Arbusto carnívoro
Naufrágio

5.9.16

A onda é de calor


Não fosse o calor, todas as outras penas ficariam esquecidas...
Desde que cheguei à Costa Vicentina que me vejo confrontado com o meu inimigo principal - outrora, atormentava-me na colheita dos figos e das uvas...
Desta vez, o ar esmaga-me a respiração e o nariz rebenta como se onda fosse... e nem sequer conhece o intervalo das marés...
A onda é de calor e liquefaz-se a cada instante, noite e dia.
Parece que tem origem em Marrocos!

3.9.16

Na praia


Na praia, os olhos bem podem perder-se nos botões que se espreguiçam gulosamente ao sol, mas é nas escarpas que eles descansam.
As escarpas escondem as aves que as procuram; o sol enlouquece e esmorece...

2.9.16

De longe...

Embora perto, tudo o que vemos é de longe. Se nos aproximarmos deixamos de enxergar. Talvez pudéssemos sentir, mas nada nos garante que não fossemos descontinuados.


Hoje, a paisagem não revela a poeira que a inunda nem o calor que a atravessa.

1.9.16

Flexibilizar o Programa?

Flexibilizar: "Hacer algo que pueda ser adaptado a las circunstancias..."

Se não se quer ou não se pode mudar o Programa, o que é o docente pode efetivamente fazer? Ou deveria fazer?

A resposta parece simples. Há que adaptá-lo às circunstâncias, desde que, previamente, haja clarificação dos fatores e, sobretudo, haja hierarquização das prioridades.
E quais são essas prioridades?
  1. A progressão cognitiva, emocional e motora do aluno.
  2. A aquisição dos conteúdos adequados a essa progressão.

O resto é música editorial e descaraterização da função do docente...