29.4.12

Cabeleira vs Gomes

TRABALHO DE PROJETO
Literacia de Escrita
em Candidatos de RVCC
Maria José Alves Ferreira
CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRADO
EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
Área de especialização em Formação de Adultos
2011

«No segundo ano de estágio, por razões diversas, o grupo ficou reduzido a dois elementos, eu e ao meu colega Rui Ferreira, tendo tido como orientador de estágio o professor Manuel Gomes Cabeleira, o nosso delegado de grupo. Este foi um grupo que, na minha perspetiva, funcionou muito bem, pelo clima caloroso de entreajuda e de partilha.»
«Quanto ao nosso orientador de estágio, quero deixar aqui uma palavra de apreço e reconhecimento pelo seu apoio e pela disponibilidade que sempre manifestou em todo o processo. A sua orientação competente e empenhada foi um contributo precioso para o meu desenvolvimento, tanto a nível profissional como a nível pessoal. Foram extremamente valiosos os seminários que dinamizou, eles me permitiram conhecer melhor todas as potencialidades que estavam ao meu alcance no sentido de um trabalho mais rigoroso e consciente.» (1991/1992, Santa Maria –Sintra)
- Obrigado, Maria José Alves Ferreira!

/MCG

27.4.12

Arte ou depressão?


A ordem dos termos pode ser arbitrária? Ou será que tudo parte da dor? E se assim for, a dor pode ser convertida em flor e dar fruto, e nesse caso a mulher leva a palma, deixando ao homem o rasto destruidor, a não ser que o artista nele se abra…

24.4.12

A raiz do fascismo é a estupidez

O filósofo holandês, Rob Riemen, de visita a Lisboa, “agradece” aos portugueses termos mandado Bento de Espinosa para a Holanda para lhes ensinar que «a essência da liberdade não é teres o que queres; é usares o cérebro para te tornares num ser humano bem pensante.» E por outro lado, Rob Riemen recorda-nos as palavras de Frederico Fellini sobre as causas do fascismo: «Eu sei o que é o fascismo, eu vivi-o, e posso dizer-vos que a raiz do fascismo é a estupidez. Todos temos um lado estúpido, frustrado, provinciano. Para alterar o rumo político, temos de encontrar a estupidez em nós.»

Nestes dias, a celebração da liberdade tornou-se um modo de esconder a estupidez que nos mina e de abrir as portas ao fascismo, sempre patrioteiro e pronto a inventar novas fronteiras.

22.4.12

Ao domingo…




O decreto dos homens não suspende o sortilégio da árvore em cabelo, da azáfama da formiga ou da doninha…tudo aqui é natural!

Sempre que olhamos mais de perto, não podemos deixar de nos surpreender!

20.4.12

Na hora de S. Boaventura

(…) O presente é aquilo que pode ser imediatamente experimentado, o passado é o que pode ser rememorado, e o futuro é a incógnita que talvez ocorra algum dia. Norbert Elias, Sobre O Tempo, 65-66, Zahar, 1998

Se olharmos, de perto ou de longe, para o que se passa nas salas de aula, não será difícil entender que o que interessa a muitos jovens de hoje são as anedotas rasteiras, as pequenas intrigas, os trapinhos, as palavras brejeiras, o verniz e o batom, os esgares narcísicos, tudo de forma impontual, sonolenta e entediada… ( Sopra um ar de decadência em tudo isto!)

Embora possa parecer que o melhor será abandonar a sala e deixar o barco à sua sorte, creio que o caminho está em desenhar um percurso que, combatendo a vacuidade do presente, ajude a construir a memória textual, através da leitura, da descoberta das grandes questões colocadas pelo texto, da releitura e… sobretudo da produção de sínteses, de novas sínteses, de sínteses escritas de grau superior. Nada de resumos! Nada de textos de apoio! Só exegese e muita lexicologia…

Mesmo que o futuro seja uma incógnita, a sua abordagem pode ser diferente para melhor, tal como a Ventura pode ser má ou boa…

E tudo sem seguir, na íntegra a lição de S. Boaventura:  "Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humanidade, o estudo sem a graça.”

17.4.12

A ser verdade…

A ser verdade, de nada serve a frustração de ver tantos jovens de 15 e 16 anos a desperdiçarem tempo nas salas de aulas. Isto para não falar dos “falsos” adultos!

Na obra Sobre o Tempo (14, Zahar) Norbert Elias é taxativo:«ao crescer (…) toda a criança vai-se familiarizando com o “tempo” como símbolo de uma instituição social cujo caráter coercitivo ela experimenta desde cedo. Se, no decorrer de seus primeiros dez anos de vida, ela não aprender a desenvolver um sistema de autodisciplina conforme a essa instituição, se não aprender a se portar e a modelar a sua sensibilidade em função do tempo, ser-lhe-á muito difícil, se não impossível, desempenhar um papel de um adulto no seio dessa sociedade.»