Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
31.10.11
O Terror
29.10.11
Alexandre Herculano - o anonimato
À beira-estrada, era possível ver que ali, na Azóia de Baixo, na Quinta de Vale de Lobos, residira um homem ilustre, que terminou os seus dias, longe da Corte, a produzir azeite – herculano. Um belo exemplo de civismo!
Hoje, para quem passa, não há uma placa que assinale o lugar onde o historiador se refugiou, apesar de por lá terem sido plantadas, a partir de 1999, 150.000 oliveiras num sistema de rega importado do Canadá.
Sugestão: Se ainda é o senhor Joaquim Santos Lima que dirige a exploração, peço-lhe que aproveite umas gotas dos subsídios que recebe da União Europeia para assinalar aos transeuntes que ali se produz um azeite com tradição, mas, também, que por ali paira o espírito de Alexandre Herculano.
E já agora acrescento que também não gosto de ver uma ponte romana escondida por um canavial por entre o qual corre uma água suja que aparenta não ter apenas origem nas recentes enxurradas…
/MCG
27.10.11
Andaimes…
Interioridade e exterioridade são apenas andaimes - metáfora labiríntica da impotência.
Construímos portas e pontes, apenas para experimentar entrar e sair. Tantas vezes, repetimos o gesto que morremos!
Traídos, quando o andaime falta…
26.10.11
Três minutos…
1 - O cientista político arregala os olhos e grita: - Deixem-se de considerandos sobre as causas da ruína da pátria porque, agora, é tempo de empobrecer! O nosso programa só tem um sentido – empobrecer!
No fundo a nova ciência política está a ressuscitar o mito salazarista de «quanto mais pobres mais ricos».
2 – Há decisões difíceis, mas que, por vezes, nos iluminam o dia. E isto só acontece quando cada decisor faz o seu trabalho de forma rigorosa e isenta; só acontece quando cada um consegue suspender os afectos (positivos ou negativos) e aplica rigorosamente os critérios previamente estabelecidos pelo grupo de trabalho.
3 – Razão ou preconceito, sombras há, no entanto, que se nos atravessam no caminho e nos deixam a pensar sobre a ambiguidade do gesto, da palavra, do movimento. Sobre a influência que podem ter na formação dos jovens…
25.10.11
Insensatez…
Acordar às 5 h e 15 minutos para preencher uma ficha de observação de uma turma é certamente prova de insensatez, sobretudo quando o patrão corta vencimento, subsídios de férias, de natal e congela progressões na carreira.
E a insensatez é tanto maior quanto esta obrigação resulta da necessidade de compensar o tempo gasto a apreciar as mil “evidências” que mostram que somos um país de vassalos excelentes, no caso, de professores… Ou talvez não?
Com tanta excelência, ainda não aprendi a distinguir os «objetos verdadeiros» dos «objetos falsos»! E, acima de tudo, neste tempo de respigar, ainda não aprendi que o que resta não chega a ser literatura!
Agora, sim, é hora de acordar!