11.9.10

Dissimetrias…

Se as cidades se deixam cercar por ilhotas de betão, onde se escondem múltiplas actividades mais ou menos clandestinas, embora os terrenos sejam cedidos pelas câmaras municipais, quando viajo para o interior do país tudo muda. Nos últimos anos, os olivais, copiosos, nascem que nem cogumelos, sem que se perceba de onde saiu o capital para o investimento nem para onde migram as mais-valias resultantes do negócio. Por outro lado, os campos, desertos, estendem-se secos e cobertos de mato… A dissimetria do território reproduz a dissimetria mental de quem nos governa… A pobreza expõ-se bem visível; a riqueza exuberante exíbe-se, rosto bem dissimulado… 

10.9.10

A arte de se esconder…

Nos últimas semanas, percorri parte dos concelhos de Oeiras e de Sintra, ficando com a ideia de que o território está a ser vítima de um verdadeiro assalto. Ali se encontram escondidas centenas de empresas, muitas delas, quase, clandestinas. Descobrir-lhes o lugar e os contactos é uma verdadeira aventura. Fica-se com a sensação de que não querem ser encontradas. As urbanizações que as encobrem são verdadeiros labirintos, onde ninguém conhece ninguém. Durante o dia, não há sinal de qualquer policiamento.

O trânsito, designadamente de veículos pesados, é caótico, sinal de uma verdadeira azáfama que, no entanto, não parece controlada por qualquer autoridade. Interessante seria se alguém prestasse contas do contributo que estes ‘nichos’ trazem à economia nacional.   

6.9.10

A antecipação…

Alunos há que se apresentaram hoje na escola, bem-humorados e com promessas de trabalho esforçado e honesto. Asseguram até que já têm com eles os novos manuais. Esperemos que não seja fogo-fátuo!

5.9.10

Ao fim da tarde…

Com a dose de sardinha a 13 €, sobram os reflexos do aço e da luz. Infelizmente, a água mostra-se demasiado viscosa. E nem vale a pena referir o ruído contínuo do tabuleiro da ponte e dos aviões que o sobrevoam.

/MCG

4.9.10

Facetas de Belmonte…

O  rio Zêzere (o vale; o museu); a terra dos cabrais ( panteão; museu das descobertas); o castelo (as fronteiras); o museu judaico e a sinagoga; Zeca Afonso (aqui fez os estudos primários, aqui descobriu a toada da poesia popular); a fruticultura ( o museu do azeite)…

/MCG

2.9.10

YUKIO MISHIMA noTeatro da Comuna

Hanjo estreia hoje. Paulo Lage encena, de forma sóbria, mas excessivamente robotizada, esta peça, escrita em 1956, sobre o comportamento humano. Sobre a loucura e o egoísmo. Sobre quem tudo espera e sobre quem nada espera (Suzana Borges / Joana Metrass). No final, será o homem a perder tudo (Elmano Sancho). A recompensa acaba por sobrar para quem diz que nada espera mas tudo vai manipulando…
PS: Em noite de calor, não se esqueça de levar um leque.


1.9.10

Na Quinta de Santa Iria…


Há, de facto, galináceos e coelhos. Os últimos são tão imprevistos e rápidos que o fotógrafo não tem tempo de “sacar” da máquina fotográfica. E os primeiros, apesar de os poder vizualizar em miniatura, quando tento carregar a respectiva imagem, verifico que o resultado é bem diverso. Milagres da tecnologia!
Por isso, aqui lanço duas fotos da Quinta de Santa Iria, na estrada de Caria, Covilhã. Esta quinta pertence ao Cofre de Previdência.

MCG