18.9.17

Tombar, pétala a pétala...

As pedras, uma a uma, podem armar o poema, tal como a flor, pétala a pétala, ou a cor, do azul ao cinzento, emparelham ou alternam...
Só que a ideia esmorece se lhe falta o cimento...
Uma ideia, fora do contexto, até pode ser flor, cor, lágrima, pavilhão G.
Só que a ideia esmorece se lhe faltar a intenção, o rumo, o horizonte...
A ideia, bem enlaçada, até pode ser deia, mas faltar-lhe-á a cor, mesmo se, por acaso, for raiz, tronco, copa e se perder nas fímbrias da abóbada...
Só que a ideia anoitece se a memória desaparece e, então, as pedras, por um instante, uma a uma, ainda poderão florir para, depois, tombar pétala a pétala... 

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