9.9.17

A dignidade da função dos juízes

A missiva surge como reação à greve dos juízes marcada pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) para os dias 3 e 4 de outubro, devido à "intransigência" do Governo nas negociações para a revisão do Estatuto dos magistrados judiciais, que "continua a negar aos juízes a progressão profissional adequada à dignidade da sua função", segundo o sindicato. Greve dos Juízes

Será que há funções dignas e que as restantes são indignas?
Será que a progressão profissional deverá depender dessa in(dignidade)?
Por outras palavras, num quadro de dívida pública e de consequente falta de recursos financeiros, é aceitável que o Estado privilegie umas castas em detrimento de outras ? (Quem diz castas, poderia dizer corporações!)

Nos últimos dez anos, a desigualdade remuneratória agravou-se escandalosamente em muitos sectores profissionais. Será que tal aconteceu com os senhores juízes? Por mim tenho que não.
Por exemplo, entre os professores, a inexistência de progressão levou a que haja milhares de professores obrigados a exercer as mesmas funções, mas com remunerações muito diferenciadas, o que avilta o exercício da profissão... Mas como são muitos, o melhor é esquecê-los...
E se os professores, os médicos, os enfermeiros, os bombeiros, os administrativos, os auxiliares de todos os tipos, as forças policiais... se levantassem e fizessem todos greve em nome da dignidade da função, será que teriam razão?

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