19.6.17

Vivemos da imagem

«O mistério (e o Outro é um mistério) é um enigma excitante, mas tendemos a cansar-nos desta excitação. " E assim criamos para nós próprios uma imagem. Trata-se de um ato de desamor, da traição." Criar uma imagem do Outro leva à substituição da imagem ao Outro: o Outro torna-se doravante fixo - em termos tranquilizadores e reconfortantes. Já nada de excitante existe em ligação com ele...» Zygmunt Bauman, in A Vida Fragmentada, cita Max Frisch, Sketchbook 1946-1949.

Nas imagens não nos narcisamos apenas. Também as criamos para nos desresponsabilizarmos  do Outro. Para objetivizar o Outro.
E são milhões as imagens!
É como se tivéssemos desistido do futuro!

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