26.6.17

Os ventos oblíquos e os pirómanos

Estou tentado a pensar que o vento é o culpado do que aconteceu em Pedrógão Grande e zonas limítrofes.
De qualquer modo, já, na narração da odisseia lusitana, os ventos faziam enormes estragos, obrigando Camões a estudá-los com alguma minúcia. Comandados por Éolo, o deus dos ventos, Bóreas, Noto, Euro e Zéfiro moviam-se tomando a defesa do partido muçulmano no conflito com o partido cristão...
Portanto, o problema é antigo, parecendo que os ventos não são imparciais e, sobretudo, que se movem obedecendo a impulsos pirómanos...
Ora, o que se percebe é que andam à solta muitos pirómanos, uns ativos e outros passivos. Há quem defenda que os ativos devem ser encarcerados logo que o calor aperta. Compreendo a medida, embora os pirómanos passivos me preocupem mais, pois fartam-se de ganhar dinheiro, de desertificar o território, para mais tarde se apoderam dele ao preço da uva mijona...
Curiosamente, um ilustre pirómano, neste fim de semana, deitou a cabeça de fora e começou as soltar os ventos de um interminável ajuste de contas partidário, em que, paradoxalmente, muitos são culpados e beneficiados...

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