16.5.17

O açafrão e a canábis num tribunal de Aveiro


"É verdade que fizemos a plantação, mas não foi nada planeado", disse a mulher, adiantando ainda que na primeira vez foram enganados por um cunhado, que lhes terá pedido um terreno para plantar açafrão. Perante o julgamento, a arguida adiantou que tudo se descobriu após um ‘vendaval’, a estufa terá caído para o terreno de um vizinho e o cunhado ficou muito 'aflito'.Um casal empreendor, mas ingénuo

Gosto do história do casal condenado a prisão efetiva, vítima de um vendaval e sobretudo, no dizer da senhora, de um cunhado. E também aprecio que o vizinho agricultor de 71 anos, já experimentado, também tenha sido condenado. Só não percebi o que é que aconteceu ao cunhado... 
O advogado de defesa só podia encontrar atenuantes, argumentando que "eles não são nenhuns profissionais do crime". Concordo. Só que me parece que eles revelaram pouco profissionalismo ao não distinguirem os cormos do açafrão da semente de canábis.

Por outro lado, o acórdão parece-me bastante rigoroso e em conformidade. A juíza-presidente, durante a leitura do acórdão, disse que ficou provada “a generalidade” da matéria de facto que constatava a acusação.
A generalidade? Então não foi por causa da generalidade que o casal confundiu a canábis com o açafrão?

Sem comentários:

Enviar um comentário