7.5.17

Désarroi

«Cent persiennes closes; un perron de trois marches accède à une porte cadenassée. À gauche du perron, à deux mètres de la caserne, on a édifié un petit rempart de briques haut d'un mètre et long de deux, Brunet s'en approche et s'y accote. La cour s'emplit, un courant continu tasse les premiers arrivés les uns contre les autres, les plaque contre le mur de la caserne; il en vient, il en vient toujours; tout d'un coup les lourds vantaux du portail tournent sur eux-mêmes et se ferment.»Jean-Paul Sartre, La mort dans l'âme, page 262, folio.

Este é um daqueles dias em que as luzes parecem extinguir-se. Provavelmente, muito franceses, confusos, não foram votar porque deixaram de acreditar na classe política - naqueles homens e mulheres que insistem em celebrar "os caminhos da liberdade", mas que tudo têm feito para os bloquear.
Este é um daqueles dias em que a França desrespeita os seus filhos, ceifados em guerras inúteis.
Este é um daqueles dias em que a razão se pode revelar efémera, pronta a cair às mãos de hordas irracionais que vão alastrando um pouco por toda a parte... e que avançam de olhos postos num qualquer milagre. 

Sem comentários:

Enviar um comentário