28.6.16

A ironia não é coisa séria!

Eu raramente leio a revista Visão. Não por falta de visão, mas por falta do vil metal. No entanto, quando o faço, consulto sempre a ficha técnica para verificar se o meu antigo aluno, Filipe Luís, por lá continua. Lembro-me dele, porque integrava uma turma do 9º ano (Escola Secundária de Santa Maria - Sintra) de boa cepa - vários alunos mostravam-se competentes no exercício da escrita, tendo já iniciativa jornalística e radiofónica...
Esta memória, creio que está correta, mas pode ser o resultado de "um desmiolado" capaz de "vender a própria mãe para dispor de acesso livre ao Estado" ou, em alternativa, uma daquelas "pessoas de bem que se servem dos gays para se promoverem". Esta classificação, um pouco contraditória, tem autoria: o sociólogo Alberto Gonçalves.
Quem, de vez em quando, lê os meus desabafos, sabe que eu tenho especial apreço por este sociólogo, que eu costumo encontrar ao domingo no Diário de Notícias. A verdade é que não esperava encontrá-lo na Visão, mas, afinal, ando mal aconselhado - ele deve estar um pouco por toda a parte, a destilar o ódio que nutre pelo PS...
Desta vez, o principal alvo é a sua direita que anda cega, o que me leva a pensar, provavelmente, de forma incongruente, que a ironia é um tropo incompreendido pela direita. A ironia não é coisa séria!
E curiosamente lembro-me que sempre me afligi quando os meus alunos não conseguiam perceber se aquilo que eu lhes dizia "era a sério ou a brincar"... 

(Visão, 8 junho 2016, última página.)

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