4.6.16

A árvore

Uma árvore, de pé!
Há uns tempos, parecia condenada...
Hoje, certas zonas do tronco reflorescem, como se a morte se tivesse distraído...
Também nós estamos condenados, mas quem sabe se um dia parte de nós desabrochará noutro lugar ou noutra hora..
Um destes dias, disseram-me que, no ano passado, por esta altura, eu definhava a olhos enxutos. Quem sabe se parte de mim não regressou à vida?
O ano passado, por esta altura, eu observava a felicidade  das poupas e não dei conta da morte da árvore. 
Afinal, as poupas ainda não regressaram e a árvore não morreu.

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