11.5.16

Nenhum Rodrigues aceitaria o papel de títere

Tem sido difícil escapar à chuva nestes últimos meses e, pelo andar da carruagem, também não vai ser fácil evitar as notícias sobre o 'ministro da educação". 
Cansado do Crato, prometera a mim próprio não me ocupar do Tiago Rodrigues, porque não sei quem é: falta-me o tempo para lhe investigar o pensamento sobre a arquitetura do sistema educativo e os valores que o devem orientar... 
Cada vez que rebenta um caso, sinto-me desorientado, pois não descortino uma estratégia; apenas, um número avulso... 
Dizem-me que o ministro não passa de uma máscara. Não acredito. Nenhum Rodrigues aceitaria o papel de títere. Consta que o velho bonequeiro é quem manda na "educação" em Portugal. Prefiro não acreditar.

Talvez por me ver em silêncio e um pouco amargurado, um colega aposentado, mas apostado na reposição da memória do passado, ofereceu-me um texto de António Carlos Cortez, «Aos alunos portugueses e ao  actual ministro da Educação», Público, 11 de maio de 2016, pág. 44.
O artigo, não sei bem como classificar  o referido texto, ocupa uma página inteira. (Parece estar na moda oferecer páginas inteiras a certos colaboradores!) E também não sei o que é que o ministro da Educação poderá aproveitar de tal contributo: a ideologia do divertimento;  a política da língua; a memória histórico-literária; o acordo ortográfico; o regresso da Literatura; a dignificação da classe docente; a avaliação; a formação; o fastio discente; a náusea docente ...


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