29.4.16

Há coisas que aborrecem!

Só pode ser força de expressão dizer que 'há coisas que aborrecem'. A própria 'força de expressão' não me agrada, parece-me querer exprimir uma certa atitude mental de quem é preguiçoso, mas não se consegue calar...
Não querendo queixar-me dos do costume, olho hoje para  a Avenida Gago Coutinho, pejada de táxis, no sentido do Areeiro e quase vazia no sentido contrário - os poucos automobilistas eram forçados a circular na faixa do bus; as restantes faixas serviam as forças da ordem, encavalitadas em motas alemãs, exibindo o seu potencial de fogo... Fiquei um pouco apatetado, vindo-me à memória "A Inaudita Guerra..." do Mário de Carvalho.
A verdade é que não gostei daquela encenação poluidora e anacrónica. Nem daquela nem da maioria das 'formas de luta' que recorrem ao desperdício...

E a propósito de desperdício, aborrecem-me os restaurantes onde se pode comer à tripa forra por uma dezena de euros. Com tanta miséria, empaturrar-se deveria ser considerado crime! 
Acontece que, por razões familiares, ao início da tarde, vi-me acantonado numa dessas manjedouras. Contrariado, lá escolhi três ou quatro ingredientes, e fui avançando no esvaziamento do prato ao ritmo dos outros comensais e, quando menos esperava, surge um simpático funcionário que me interpela: - Então, o sr. não se serve de mais!?
Francamente, bastava olhar para mim, para perceber que isso me aborrecia...

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