8.3.16

A desgraça dá lucro

«La guerre a enrichi les États-Unis.» in Le Monde Contemporain, page 120, Bouillon, Sorlin, Rudel, Bordas

Esta é a frase que não me sai da cabeça. A Grande Guerra (1914-1918) enriqueceu os Estados Unidos. 

A Guerra da Síria está a enriquecer a Turquia e, absurdamente, a Grécia não está a saber rendibilizar os milhares de refugiados que lhe entram portas dentro.

A afirmação pode parecer cruel, mas a desgraça alheia acaba por ser sempre lucrativa para alguém.

Maria Luís, ex-ministra da fazenda, sabe bem do que os credores são capazes, e como tal, a necessitar de pagar a mansão hipotecada, não perde tempo a colocar-se ao serviço de quem enriquece à nossa custa. Afinal, o Gaspar tinha seguido o mesmo caminho, e o ruído foi menor...

Aníbal Cavaco Silva deixa-nos amanhã, depois de condecorado pelos serviços prestados ao grande capital, e parte muito mais rico do que chegou. Como? Não sabemos. Arauto da austeridade, soube escolher o lado menos doloroso, ao contrário de muitos portugueses a quem essa opção foi sonegada.. 

A experiência ensina que a desgraça de muitos é a riqueza de poucos. Fundamental é não ter escrúpulos.

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