26.1.16

Os calotes da campanha eleitoral

Em matéria de despesas da campanha eleitoral, sete candidatos não têm direito a qualquer subvenção estatal.
O Vitorino revelou-se senhor de muito tino, pois não terá gasto um cêntimo. O Edgar, apesar de não ser "engraçadinho", o Partido paga-lhe as despesas. O Morais, senhor de enorme moralidade, decidiu recorrer ao amigos do "face" para que estes lhe paguem a extravagância. O Neto já não tem idade para se queixar. Do Ferreira, não sei o que diga, mas terá património suficiente... O Jorge pouco mais terá gasto que uma ou duas avenças. E quanto à Maria Roseira, são rosas meu senhor... os seiscentos mil euros que terá gasto... Nem nunca D. Dinis chegou a saber! Porém, desterrou a rainha Isabel para Alenquer. Neste caso, desconfio que a quinta de Sintra acabará por mudar de mãos...

Quanto aos restantes, ratos de cidade, calaram-se bem calados, não vá o trovador tratá-los como, outrora, João Garcia de Guilhade fez a Dom Foam:


Dom Foam disse que partir queria
quanto lhi derom e o que havia.
E dixi-lh'eu, que o bem conhocia:
  "Castanhas eixidas, e velhas per souto".

E disso-m'el, quando falava migo:
- Ajudar quero senhor e amigo.
E dixi-lh'eu: - Ess'é o verv'antigo:
       "Castanhas saídas, e velhas per souto".

E disso-m'el: - Estender quer'eu mão
e quer'andar já custos'e loução.
E dixi-lh'eu: - Esso, ai Dom Foão:
       "Castanhas saídas, e velhas per souto".

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