25.1.16

Ao entardecer

Tudo começa acelerar, o frio alterna com o calor, o suor invisível entranha-se na pele depois de um longo banho catártico. 
Os santos de ontem caem em desgraça, e a salvação passa a estar do outro lado do telefone - qualquer resposta, que diga sim à imediatez, serve...
Ao entardecer, os argumentos perderam qualquer força. Só o silêncio e a obediência...
(...)
E quando os dias são de chuva, mesmo que a temperatura suba, tudo acelera ainda mais... e depois há o vento, quente ou frio, um demónio à solta...
(...)
Espero que ninguém pense que estou a referir-me ao "entardecer" de Cesário Verde. Há, de qualquer modo, a soturnidade da vida eivada de loucura, por vezes, pouco benigna.

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