16.12.14

O olho periférico

Do lado direito, quatro jovens conversam animadamente, indiferentes ao esforço daqueles que, num último esforço, procuram recuperar o tempo perdido.
Do lado esquerdo, outro jovem dorme descaradamente, depois de uma breve incursão por um descarnado "amor de perdição"...
Ao centro, o grupo dos mais interessados, apesar de alguns se manterem distantes como se algo os obrigasse a estar presentes. Em certos momentos, o silêncio surge, não por milagre, mas por respeito à veemência discursiva do apresentador...
Hoje, por um momento, Os Demónios de Dostoievski saíram da penumbra. Traziam com eles todos os fantasmas nietzschianos...   

( Na realidade, do século XIX pouco resta consciente, apesar de vencidos pelo mais brutal que há na filosofia alemã.)

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