8.10.14

Dá sempre jeito... a ciência política


Vaticinei há uns tempos que «o homem podia ser seguro mas não teria futuro». Como me enganei! Afinal, o homem deixou a política ativa para dedicar-se ao ensino de 'ciência política' na UAL.
Contra mim me falo: "Quem não sabe fazer, ensina!"
Ele tem, em relação a mim, uma vantagem, apesar de ter gasto três anos a descobrir a falta de jeito para a ação política: aprendeu com o erro. Por isso, agora vai fazer o que melhor sabe: catequizar. Pelo contrário, eu há quarenta anos que ensino e ainda não descobri se terei jeito para a ação política... nem para o ensino!
(...)

Desconfio, no entanto, que este tirocínio docente na UAL, certamente como professor auxiliar, não passa de uma pausa, à espera do falhanço do Usurpador.
Em tempos idos, conheci várias personalidades de distintos quadrantes políticos que viviam um período de pousio na UAL. Não lhes reconhecendo particulares competências científicas e, sobretudo, pedagógicos, certo dia perguntei ao Magnífico Reitor a razão da sua contratação. 
O Reitor foi claro: Uma Universidade que queira sobreviver deve ter no seu corpo docente representantes de todas as tendências partidárias, da extrema-direita à extrema-esquerda. Dá sempre jeito!

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