1.6.14

Ofereço-te um banco onde te poderás sentar a ler...

Vou interromper a minha tristeza para te oferecer um banco onde te poderás sentar a ler aquelas obras que um dia me prometeste ler… 
Refiro-me apenas àquelas que melhor se adequam ao enquadramento: Os Lusíadas (em particular, as lamentações do Poeta); Os Maias ( o romance do fim da Pátria); O Sentimento dum Ocidental (o poema que melhor poetiza as Causas da Decadência, de Antero)  Mensagem ( sobretudo, o fervor patriótico e utópico); A Ode Marítima (do Cais Absoluto)...
Ainda me prometeste outras leituras, mas vou fingir que as gaivotas e os corvos me impediram de te ouvir...
Não quero que te preocupes com a minha tristeza! Ela é antiga! Herdei-a de Sá de Miranda e de Bernardim Ribeiro; de António Vieira e de Bocage; de Garrett, de Herculano, de Aquilino, de Miguéis, de Torga, de Saramago...
Talvez um dia ainda te reencontre sentado no banco que sempre te ofereci!

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