19.12.13

Nenhum português pode estar sossegado!

«Não há nenhum pai deste país que possa ficar sossegado se achar que alguma daquelas pessoas, com as cenas que assistimos ontem na televisão, possa ser professor de um filho seu.», afirmou hoje o ministro da Presidência no final da habitual reunião de Conselho de Ministros.

Humilhados, os profissionais de ensino em início de carreira ou, formalmente, precários, dividiram-se entre os que quiseram realizar a PAAC e os que quiseram mostrar a sua revolta. O espectáculo não foi educativo! E os mass media não perderam a oportunidade de explorar os excessos e os dramas!

Mas quem é que prefere humilhar a educar? Quem é que prefere penalizar as vítimas a retirar o alvará a instituições que não revelam competência para formar professores? Quem é que manda fazer avaliações externas viciadas? Quem é que criou um Instituto de Avaliação, usurpando competências das Universidades?

A resposta é dada por vozes ministeriais que desrespeitam a sintaxe elementar e que classificam os professores como «aquelas pessoas». Vozes ministeriais que ignoram o significado das palavras que proferem, que, em vez de «servirem», humilham. Vozes ministeriais cujo juízo se baseia em imagens televisivas...

Estas vozes ministeriais têm um único fito: o confronto. De preferência, entre pares!      

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