13.9.13

Por ventos e marés!

A globalização é, hoje, o maior inimigo do estado-nação. No caso português, desde que as várias fronteiras se extinguiram que a soberania se foi esfumando. Ora, a perda de soberania carateriza-se pela morte da identidade - um traço distintivo da pós-modernidade.
A expansão portuguesa tinha dado um poderoso contributo para a afirmação da modernidade. Percebe-se agora que o nosso ciclo se fechou com o fim da expansão, atirando-nos para a situação de estado-minoritário que nem a adesão à união europeia conseguiu disfarçar. Entrámos assim na pós-modernidade, ficando à mercê de modelos globais cujo  objetivo primeiro é desmantelar o que resta do estado-nação.
Infelizmente, há cada vez mais gente conivente com este "ajustamento estrutural" que, no que respeita à educação, começa na formatação de professores e alunos e acaba na descaraterização da escola pública, tornando-a alforge de descamisados.
O dia de hoje foi penoso porque, em vários momentos, percebi que a formatação vai, alegremente, cavando a sepultura da nação portuguesa. Por ventos e marés, singramos na esperança de que os bem-aventurados chegarão a bom porto...

2 comentários:

  1. Ainda será verdade que a esperança é a última a morrer, ou também foi formatada?

    ResponderEliminar
  2. De facto, atualmente, a esperança morre muito antes de nós ou espera que morramos todos primeiro...

    ResponderEliminar