14.8.13

As funções do Estado mínimo

Há luminárias que apontam como causas da crise: o número excessivo: a) de funcionários públicos; b) de idosos; c) de restaurantes; d) de boutiques, sapatarias, mercearias...
E como solução primeira: a redução drástica do número de funcionários do estado, a redução dos cuidados de saúde, a redução dos salários, das reformas e das pensões, o  encerramento de restaurantes, pastelarias,  cafés, lojas, boutiques, sapatarias, mercearias...
Em síntese: desmantelamento do Estado, empobrecimento e fragilização das pessoas, destruição das pequenas e médias empresas.
Os serviços prestados pelo Estado no âmbito da saúde, da educação, da justiça, dos transportes, no entendimento destas luminárias, devem ser entregues aos novos empresários, pois estes já serão capazes de viver sem o Estado. 
Os indicadores económicos publicados nos últimos dias mostrariam que, finalmente, estes empreendedores já estariam a revitalizar a economia. Mas como?
Com uma lei dos despedimentos selvagem, com remunerações mínimas e, sobretudo, com a eliminação da concorrência...
Neste cenário radioso, estas virtuosas luminárias querem-nos fazer acreditar que as únicas funções de um Estado mínimo são cobrar impostos à novíssima economia e redistribuir o bolo pelos desgraçados que, entretanto, foram despedidos, espoliados das reformas, não conseguiram um primeiro emprego...
 
O equilíbrio das contas não é difícil! Basta pensar no país de Salazar! Tinha sol e praias e até uma guerra no ultramar. Só não tinha portugueses! Viviam aos milhões lá fora para não morrer cá dentro...

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