20.6.13

Estranho o rigor ou a falta dele

Numa época em que o MEC privilegia a dimensão científica, não deixa de ser estranho que, no Grupo I da Prova de Literatura Portuguesa (1ª fase, 2013), o aluno não seja inquirido sobre o HIBRIDISMO da cantiga de amor de D. Dinis: «Senhor, eu vivo coitada / vida...».
Se eu, avaliador externo, observasse uma aula em que a referida cantiga de amor fosse objeto de trabalho, não deixaria de estar atento à ciência do professor quanto à descrição da poética de Dinis, designadamente à "contaminação" da cantiga de origem provençal pela cantiga de amigo...
Quem se der ao trabalho de ler o "cenário de resposta", verificará que nada é apontado sobre a presença do refrão, da finda, da organização, da métrica... e estou convencido, embora ainda não tenha lido qualquer resposta que os alunos acabarão por ser prejudicados pelo modo como este problema é descurado na abordagem desta composição.
 

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