15.6.13

Contra o dictat de um iluminado

Milhares de professores desceram do Marquês de Pombal à Praça dos Restauradores, vindos de todo o país para dizer NÃO! Fizeram-no a um sábado depois de terem passado uma semana à espera que o ministro Crato decidisse dar início a um diálogo rigoroso e sério – adiaram as reuniões de avaliação dos seus alunos, cientes do prejuízo para a comunidade educativa,  e preparam-se para fazer greve aos exames no dia 17. No íntimo, nenhum destes professores quererá fazer esta greve! No entanto, muitos acreditam que este é o caminho para fazer estancar a política de terra queimada em curso…
(Infelizmente, eu temo que o problema seja mais profundo e mais global: o neoliberalismo vai lançando um pouco por toda a parte as sementes que conduzirão a uma guerra sem quartel. O que, no meu entendimento, nos obriga a procurar outras armas – as da inteligência – para desmontar o discurso obscurantista dominante. Por isso, não estou tão seguro de que a greve aos exames seja o argumento mais lúcido no combate que nos espera…)
Entretanto, seria bom que o ministro Crato abandonasse a estratégia divisionista que tem seguido até ao momento. Em matéria de educação, desde o início da legislatura, que temos assistido ao dictat de um iluminado que faz faz tábua rasa da experiência acumulada. É  como se antes de ele nada mais houvesse do que o caos!

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