1.11.12

Inevitavelmente...

Tentando não assombrar quem por aqui passe, deixei de falar de políticos, pois sinto-os desenraízados, vendidos a interesses ou a doutrinas mal assimiladas. Incapazes de pensar por si, vivem cercados de técnicos nacionais e estrangeiros que, ignorantes do território e das gentes, cortam a direito como já no século XIX as potências europeias tinham feito com África...
De qualquer modo, esta cegueira não afeta apenas os governantes. No geral, voltámos as costas ao território e ao seus recursos, preferindo as soluções urbanas, em regra importadas... Cidadãos do mundo, consumimos desenfreadamente e perdemo-nos facilmente nas redes sociais e na delinquência, umas vezes gratuita outras sanguinolenta... Temos as nossas próprias festas e, não satisfeitos, adaptamos todas as alheias.
O espírito dionisíaco esmaga o apolíneo, conduzindo inevitavelmente à decadência, sob o guloso olhar calvinista.
Resta-me a consolação de um território que entregue a si próprio vai impondo as suas próprias regras como se há muito tivessemos partido!

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